Robótica e Internet das Coisas ajudam a moldar Indústria 4.0

A robótica e a Internet das Coisas (IoT) prometem mudar o futuro da Indústria 4.0, mas o Brasil ainda precisa percorrer um longo caminho rumo à automatização industrial. De acordo com a Federação Internacional de Robótica (IFR), em 2017 o país tinha 12.373 robôs em indústrias, ou apenas 0,6% dos robôs então instalados no mundo, o que corresponde à 18ª posição no ranking das nações mais automatizadas.
Mudar essa realidade e promover uma maior automatização de nossas indústrias é, portanto, essencial para o desenvolvimento econômico: segundo estimativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a aplicação em larga escala de elementos da Indústria 4.0 no Brasil geraria uma economia de R$ 73 bilhões por ano.
Os robôs colaborativos industriais são conhecidos como cobots e têm vasta utilidade: são aplicáveis desde a entrada de dados, registro de pedidos e monitoramento de segurança à orientação do diálogo com o cliente, carga e descarga de máquinas, packing, testes de vida útil e manipulação de produtos. Eles podem ser utilizados em atividades insalubres, repetitivas e arriscadas, permitindo que os funcionários humanos se concentram em tarefas mais complexas e seguras.
A IoT também permite uma maior automação na indústria. Um exemplo é DynaLogger, sensor sem fios que monitora a vibração e temperatura de máquinas, desenvolvido pela empresa catarinense Dynamox.
“Os sensores identificam possíveis alterações no funcionamento das máquinas e enviam os dados para uma plataforma na nuvem. A plataforma, por sua vez, gera gráficos com essas informações. Se os gráficos apontam um comportamento fora do padrão, o sistema gera alertas para o setor de manutenção”, explica Jonas Ieno, CEO da Lieno Tecnologia, empresa parceira de P&D da Dynamox.
O resultado da aplicação da IoT, da robótica e de outros elementos da Indústria 4.0 é a redução de falhas – possibilitada por um monitoramento preditivo constante, como no caso do DynaLogger – e do tempo de processamento das atividades da indústria, gerando economia nos custos e otimizando a produção.
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